Para iniciar este ciclo de
entrevistas a vários elementos dos diferentes grupos escolares, entendemos
começar por falar com o nosso Presidente do Conselho de Administração.
nRe
- A Rádio escolar está a passar um período de grande contestação, pela manifesta
falta de orientação, como pode explicar as medidas para evitar que tal se
repita?
TG - Para já a Rádio Escolar tem
tido uma total coordenação activa, com orientação definida, contudo, o conduzir
das emissões não está dependente da Administração, mas sim dos animadores que,
por vezes não cumprem minimamente as regras estabelecidas.
Depois queria dizer que, a Rádio
Escolar foi pensada num ambiente generalista, mas até ao momento muita gente
ainda não compreendeu isso. Teremos aí um grande desafio... Depois, temos uma
manifesta falta de equipamentos e condições, falta-nos um computador para
podermos ser mais autónomos relativamente às músicas, o que traria uma grande
melhoria, pois não estariamos sempre dependentes daquilo que os animadores
gostam e levam para a rádio.
nRe - Espaços informativos até
agora ainda não existem, há alguma previsão quanto a isso?
TG - Primeiramente temos
algumas questões funcionais para resolver, contudo essa não está de maneira
nenhuma fora de questão. Estamos a estabelecer contactos no sentido de primeiro
definir como deve ser a informação e só depois avançaremos para o resto.
nRe - O novo
Administrador-Delegado, está a estudar algumas reduções nos espaços de géneros
musicais específicos, como por exemplo, Metal e Rap/Hip-Hop, que nos pode dizer
da sua opinião pessoal?
TG - Se disser que concordo com
algo que ainda não passa de um estudo estaria a alarmar muita gente. O que posso
dizer é que, entendo perfeitamente que alguns tempos estão de forma bastante
concentrada, deverão portanto ser revistos, mas também que, as reduções para
inclusão de outros tipos de programas, não me incomodam.
nRe - ... Mas a sua decisão implica
uma aprovação ou a rejeição da proposta, se a proposta fosse tal como se diz,
usaria direito de veto?
TG - Não posso responder a isso de
uma forma desinteressada. Tenho amigos e muitas amigas principalmente, inclusivé
algumas que têm um grupo de dança de hip-hop que, não iria agradar muito a minha
decisão no sentido da aprovação, mas também temos que pensar num colectivo, e
que o Diogo Jerónimo, merece a minha total cooperação tal como aquilo que for
amplamente decidido na reunião que haverá na quarta-feira, mas se nada mudar
entretanto, entendo que não devo utilizar o direito de veto.
nRe
- Tomou a iniciativa de promover um inquérito para apurar gostos e questões
relaccionadas com a nRe, que pensa disso?
TG - É a abertura da nRe à
comunidade estudantil, para que seja ela também a decidir o futuro da Rádio.
nRe - Poderou alguma vez uma
demissão do cargo que ocupa?
TG - Infelizmente sim. Nem sempre é
fácil lidar com as críticas vindas de todos os lados, seria muito melhor se com
as críticas viessem também as propostas para melhorar, coisa que não tem
aparecido. Mas como em tudo, a situação actual da Rádio será superada, pois com
esta situação de grande contestação só nos trás mais força para continuarmos a
lutar por uma rádio muito melhor.
Queremos agradecer a excelente
entrevista que nos foi concedida pelo Presidente do Cons. de Administração.
Hugo Matos / Pedro Romão
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